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"Vê
Vou te contar minha paixão por um valete de paus
E ele vivia aqui na minha mão
Vê quanta força há!
Até que um dia o vento carregou
Carregou, carregou
Revirou, suspendeu o meu amor
Você quer um coração tonto?
Carregou, carregou pra nunca mais voltar
Só é preciso soprar, só soprar
Menos mal, menos mal
Fica o cheiro do perfume que quebrou
Fica mais
A saudade é, a verdade é
Que plantei e cresceu, vá buscar
Vê
Meu coração se deslocou por um valete de paus
É a carta de um baralho
E ele vivia aqui seguindo planos
Os pés descalços entre as armadilhas
E bebe a noite como quem bebe água
Levanta o corpo e se quebra em ondas
Sei ganhar, sei perder
Dentro deste, outro este
Desconcerto de papel
Não sei nada, não li nada
Só joguei e rodei sem parar
Escorrer pela tampa e molhar"